quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Porto Alegre




A capital de estado mais ao sul do Brasil tem um nome sugestivo. Só as palavras 'Porto' e 'Alegre' passam a quem não conhece uma grande tranquilidade e dão a ideia de um lugar calmo e feliz. Apesar de ter 1,5 milhão de habitantes, ainda conserva os ares e as tradições de uma cidade pequena, não faltando quem queira passear pelos parques domingo de manhã, preparar um bom churrasco ou se deliciar num chimarrão com o vizinho.

Em Porto Alegre, a fala quase cantada dos gaúchos é capaz de encantar quem não está acostumado ou quem adora ouvir os sotaques dos quatro cantos do Brasil. Com um ar europeu e clima mais ainda, na cidade hoje se proliferam os cafés - ótimos lugares para você descansar das andanças pelo Centro.
Na hora das compras, todos os caminhos levam ao Mercado Público Municipal
A cidade do grande poeta Mario Quintana (que hoje tem uma Casa de Cultura em sua homenagem) e do pai da dor-de-cotovelo - Lupicínio Rodrigues - é famosa por seu Centro, onde há três importantes núcleos histórico-culturais. No da Praça da Alfândega, estão o Museu de Artes do Rio Grande do Sul, o Memorial do Rio Grande do Sul, o Clube do Comércio etc.
No núcleo da Praça da Matriz estão a Catedral Metropolitana (que além de ter uma das maiores cúpulas do mundo, tem três painéis na fachada executados na oficina do Vaticano), o monumento a Júlio de Castilhos (presidente do estado do RS no final do século XIX), a Biblioteca Pública, a sede do governo estadual e a Assembléia Legislativa, dentre outros. Nas proximidades estão o Museu Júlio de Castilhos, com peças das culturas gaúcha, indígena, missioneira, da Farroupilha e Guerra do Paraguai e o Solar dos Câmara, um espaço cultural com centro de documentação, pesquisa e biblioteca.
E no terceiro núcleo, o das praças XV e Montevidéu, estão o Largo Glênio Peres, o charmoso chalé da Praça XV, a Fonte Talavera de la Reina, a Prefeitura e o Mercado Público Municipal, um ótimo lugar para fazer compras. Só de imaginar Porto Alegre e seu Centro Histórico, já dá a maior vontade de conhecer. E o melhor é que é tudo pertinho, você pode ir a pé. Se preferir, há passeios gratuitos, que acontecem aos sábados, especialmente para levar os visitantes a esses três núcleos. É o Viva o Centro a Pé, um projeto orientado por especialistas em História e Arquitetura.
A característica de cidade pequena está presente em Porto Alegre também no contato com a natureza. Ao chegar na cidade, você logo vai ouvir falar no famoso 'Brique da Redenção'. Antes que você tente adivinhar o que seria o 'brique', explicamos: O Parque Farroupilha, a mais antiga e a principal área de lazer da capital, é conhecido como 'Redenção' pelos porto-alegrenses. Aos domingos, vira ponto de encontro para os moradores na tradicional feira, uma espécie de Mercado de Pulgas - que é o brique. Coisas para fazer no parque não faltam: você pode andar de pedalinho, levar seu filho ao parque de diversões e ao minizoológico.
Pessoas bonitas estão em todos os cantos de Porto Alegre, mas se você procura o point, vá ao Parque Moinhos de Vento (ou Parcão, para os moradores da cidade). Situado numa das áreas nobres de Porto Alegre, tem lago, minicascata, réplica de um moinho de vento e pista para caminhadas. E ao redor há bares, cinemas, lojas e academias, o que faz do lugar um ponto de encontro dia e noite.
Ligando o centro da cidade à zona sul está o Parque Marinha do Brasil - e quase unido a ele, o Parque Maurício Sirotsky Sobrinho - um complexo turístico junto ao rio Guaíba, perfeito para apreciar o pôr-do-sol. E que tal um passeio de barco pelas águas do Guaíba? O visual é maravilhoso e a viagem, com certeza, inesquecível. As saídas são do Portão Central do Cais do Porto ou do ancoradouro da Usina do Gasômetro.
Ir a Porto Alegre e não experimentar um verdadeiro churrasco gaúcho é como ir a Roma e não ver o Papa. Para você que não mora na região sul, não pense que o churrasco que você está acostumado a comer é o tradicional gaúcho. De acordo com os moradores, a melhor carne é a costela de gado, mas o churrasco pode ser feito até com carne de ovelha.
Já consumida pelos índios tupis-guaranis, a erva mate chegou a ser condenada pelos jesuítas. Hoje é um hábito do gaúcho. Mesmo em Porto Alegre, é comum ver pelas ruas homens com cuias, bombas e garrafas térmicas com águas quentes para degustar a erva-mate sem açúcar - o tradicional chimarrão. Para conhecer um pouco mais dessa cultura, vá ao Mercado Público. Nas bancas você encontra expostos os diversos tipos de erva e os utensílios para prepará-la.

domingo, 7 de novembro de 2010

Petrópolis (RJ)




Destino preferido dos cariocas quando chega o inverno, Petrópolis combina o charme das construções do período imperial com o friozinho da serra e a infra-estrutura de qualidade - há hotéis confortáveis, bons restaurantes e comércio variado. A natureza exuberante também se faz presente através do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, repleto de trilhas, cachoeiras e mirantes naturais.

Antiga residência de verão da família real, Museu Imperial guarda mobiliário e  jóias de membros da corte
A apenas 65 quilômetros da Cidade Maravilhosa, Petrópolis conserva muitas das construções da época em que Dom Pedro II passava longas temporadas no agradável destino. Muitos centros culturais funcionam em antigos palacetes e casarões do século XIX - é o caso do principal cartão-postal da cidade, o Museu Imperial. O palácio, erguido em 1845 para ser a residência de verão da família real, guarda documentos, mobiliário, jóias e objetos de membros da corte. Para circular pelos cômodos, os visitantes recebem pantufas para não arranhar o piso histórico. Os belos jardins da casa servem de cenário para o espetáculo Som e Luz, com relatos sobre o Segundo Reinado, apresentado nas noites de quinta a sábado.
Para visitar outras atrações no Centro de Petrópolis, como a bela Catedral de São Pedro de Alcântara e casas de personalidades como Santos Dumont, Rui Barbosa e princesa Isabel, vale apostar nos passeios de charrete - adaptados, os veículos ganharam ares de carruagens. Não deixe de conferir dois outros ícones da cidade: o Palácio de Cristal, com intensa programação musical; e oPalácio Quitandinha, antigo cassino com salões abertos à visitação. As boas compras também fazem a fama da região. Na Rua Teresa, paraíso dos sacoleiros, há roupas, casacos e acessórios para todos os gostos e bolsos.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Búzios

Destino mais cobiçado da Região dos Lagos, Búzios vai além das belezas naturais, dignas de cartão-postal. Incluída no mapa do jet set internacional na década de 60, depois de uma visita da atriz francesa Brigitte Bardot, a antiga vila de pescadores abriga restaurantes e pousadas sofisticadas, boates e bares descolados e um comércio repleto de lojas de grife. Cosmopolita, recebe turistas do mundo todo o ano inteiro - e muitos acabam ficando por lá.

O balneário tem cerca de vinte praias, cada uma com estilo próprio. Geribá, por exemplo, é território dos surfistas e da paquera, enquanto Azedinha é um mar de tranqüilidade e Ferradura atrai famílias com crianças. Uma maneira agradável de conhecê-las é fazendo passeios de barco que levam também às ilhas Feia e Rasa. Além de curtir as paisagens, as paradas para mergulho revelam a rica vida marinha da região.

Rua das Pedras tem restaurantes, bares, música e muito agito

Búzios é famosa também por sua noite badalada, que começa na Rua das Pedras e se estende até à Orla Bardot, ambas com restaurantes, bares, música e agito para todos os gostos. O movimento, entretanto, não decola antes da uma da madrugada, especialmente no verão e nos feriados. Aproveite para curtir um jantar a dois ou dar uma boa cochilada.

Fernando de Noronha

O paraíso existe, fica na Terra e tem nome e sobrenome: Fernando de Noronha. Com areias douradas, mar em tons de azul turquesa e verde esmeralda, corais, vida marinha esplendorosa, mata, formações rochosas... o arquipélago só pode ser uma filial do Éden a 545 quilômetros do Recife.

Acessível por avião ou navio, Noronha não é um destino barato – todos os produtos disponíveis no arquipélago vêm do continente, o que encarece os preços do pãozinho à gasolina. E ainda tem a taxa de permanência, que não é muito em conta. Mesmo assim, não venha para ficar apenas dois dias. Cada tostão gasto na ilha é muito bem recompensado pelos cenários vislumbrados em cima e embaixo d´água. Entre eles estão as praias da Baía do Sancho, da Baía dos Porcos e do Leão – listadas entre as dez mais bonitas do Brasil – e os morros dos Dois Irmãos e do Pico, cartões-postais de Noronha.

Praias do Sancho, dos Porcos e do Leão estão entre as dez mais bonitas do Brasil

A ilha é pequena, tem apenas 17 quilômetros quadrados e a menor BR do país - a 363, com seis quilômetros de extensão – o que facilita desbravar o território. Com as praias divididas em mar de dentro e mar de fora, é fácil coordenar a infinidade de atrativos e atividades. Tem caminhada, caiaque, passeios de barco e de bugue, observação de golfinhos... mas o que não pode ficar de fora do roteiro de jeito nenhum é o mergulho de garrafa, afinal, estamos falando de um dos melhores lugares do mundo para a prática do esporte. Para quem não encarar a descida nem mesmo em um batismo – mergulho acompanhado por instrutor a 15 metros de profundidade em média –, basta uma máscara e um snorkel para se divertir e se encantar com as belezas escondidas nas piscinas naturais do Atalaia, que vão muito além dos peixinhos e dos corais coloridos – tartarugas e arraias dão o ar da graça e nadam lado a lado com os visitantes. O surfistas também fazem a festa em Noronha. De dezembro a março, as praias da ilha ganham ondas perfeitas que variam de dois a cinco metros.
Para entender como Noronha, descoberta em 1503, continua tão preservada, é simples.  Até 1982 o lugar funcionou ora como presídio, ora como área militar. Somente nos anos 90 a ilha foi aberta ao turismo, e mesmo assim, com muitas restrições, uma vez que foi transformada em Parque Nacional Marinho e tombada pela Unesco como Patrimônio Mundial Natural. Para se ter uma idéia do controle, apenas 700 pessoas podem pernoitar no arquipélago ao mesmo tempo. Estes felizardos curtem ainda as animadas palestras na sede do Ibama/Projeto Tamar, seguidas pelo forró do Bar do Cachorro.

Visconde de Mauá

Escondida na Serra da Mantiqueira, bem na divisa entre os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, Visconde de Mauá é um dos mais concorridos redutos de inverno do Sudeste. A 1.300 metros de altitude, a vila e seus arredores reservam agradáveis surpresas aos visitantes que encaram a estrada de terra cheia de curvas sinuosas e muitos buracos para conhecer os encantos da região.

Cachoeira do Escorrega: Apesar das águas geladas, frequentadores não dispensam a aventura - Foto: TurisRio

Lá em cima, os turistas - casais em sua maioria - encontram mais que um romântico friozinho e uma natureza exuberante. Deparam-se com uma gastronomia de primeira com pratos à base de truta, pinhão e fondues, sempre servidos ao lado da lareira em restaurantes charmosos; e pousadas aconchegantes, perfeitas para uma lua-de-mel.

Poção da Maromba é perfeito para banhos revigorantes

O conforto e as mordomias, porém, não excluíram de Mauá seu jeitão hippie e, muito menos, seus cenários rústicos emoldurados por araucárias, vales, quedas d´água e corredeiras formadas pelo Rio Preto. Cachoeiras como a do Escorrega, do Poção da Maromba e de Santa Clara continuam limpas e caudalosas, assim como as do Vale do Alcantilado, as preferidas para quem viaja com os pequenos. Nas pracinhas e calçadas, alternativos oferecem artesanato e, mesmo nas noites frias, animadas rodas de violão seguem madrugada adentro.
Para melhor entender Mauá, saiba que a região é dividida em três vilas: Visconde de Mauá, a porta de entrada, com pousadas, restaurantes e serviços; Maringá, a mais agitada, reunindo transados estabelecimentos; e Maromba, fiel ao estilo riponga e freqüentada por jovens. Interligadas por estradinhas de terra e cercadas por uma infinidade de trilhas, fazem das caminhadas, cavalgadas e passeios de bicicleta as melhores maneiras para explorar seus recantos.

domingo, 31 de outubro de 2010

Praia do Rosa (SC)




Até o mês de novembro as dóceis baleias-francas estão passeando pelo litoral catarinense. Para acompanhar de perto a performance dos animais, que chegam a pesar 30 toneladas, há passeios de barco pelas praias do Rosa e de Garopaba, as preferidas dos mamíferos para namorar e alimentar os filhotes. Apesar das águas ainda estarem geladas, os charmosos cenários e as boas ondas da região podem ser curtidos com tranquilidade, sem o agito dos meses de verão.

De Manaus a Presidente Figueiredo




Um roteiro para ver floresta da janela, contemplar o encontro das águas dos rios Negro e Solimões, ou se perder na terra das cachoeiras

Porta de entrada da maior floresta tropical do mundo, Manaus parece transportar os visitantes para um universo inexplorado. Para ver a floresta da janela do quarto, a melhor pedida são os muitos hotéis de selva - a maioria deles fica ao longo do rio Negro, onde há outro programa imperdível: ver o Encontro das Águas entre os rios Negro e Solimões. Deu vontade de mergulhar? Procure a praia de água doce da Ponta Negra. A faixa de areia só aparece entre julho e novembro. O Centro Histórico abriga monumentos como o Palácio da Justiça e o Teatro Amazonas.
Localizada a 133 km de Manaus, Presidente Figueiredo ficou conhecida como a terra das cachoeiras: entre as mais belas estão a do Santuário, as da Iracema e das Araras. Outra boa pedida é partir na direção oposta para conhecer o arquipélago de Anavilhanas, um dos maiores do Brasil, a quase 200 km de Manaus.