A capital de estado mais ao sul do Brasil tem um nome sugestivo. Só as palavras 'Porto' e 'Alegre' passam a quem não conhece uma grande tranquilidade e dão a ideia de um lugar calmo e feliz. Apesar de ter 1,5 milhão de habitantes, ainda conserva os ares e as tradições de uma cidade pequena, não faltando quem queira passear pelos parques domingo de manhã, preparar um bom churrasco ou se deliciar num chimarrão com o vizinho.
Em Porto Alegre, a fala quase cantada dos gaúchos é capaz de encantar quem não está acostumado ou quem adora ouvir os sotaques dos quatro cantos do Brasil. Com um ar europeu e clima mais ainda, na cidade hoje se proliferam os cafés - ótimos lugares para você descansar das andanças pelo Centro.
Na hora das compras, todos os caminhos levam ao Mercado Público MunicipalA cidade do grande poeta Mario Quintana (que hoje tem uma Casa de Cultura em sua homenagem) e do pai da dor-de-cotovelo - Lupicínio Rodrigues - é famosa por seu Centro, onde há três importantes núcleos histórico-culturais. No da Praça da Alfândega, estão o Museu de Artes do Rio Grande do Sul, o Memorial do Rio Grande do Sul, o Clube do Comércio etc.
No núcleo da Praça da Matriz estão a Catedral Metropolitana (que além de ter uma das maiores cúpulas do mundo, tem três painéis na fachada executados na oficina do Vaticano), o monumento a Júlio de Castilhos (presidente do estado do RS no final do século XIX), a Biblioteca Pública, a sede do governo estadual e a Assembléia Legislativa, dentre outros. Nas proximidades estão o Museu Júlio de Castilhos, com peças das culturas gaúcha, indígena, missioneira, da Farroupilha e Guerra do Paraguai e o Solar dos Câmara, um espaço cultural com centro de documentação, pesquisa e biblioteca.
E no terceiro núcleo, o das praças XV e Montevidéu, estão o Largo Glênio Peres, o charmoso chalé da Praça XV, a Fonte Talavera de la Reina, a Prefeitura e o Mercado Público Municipal, um ótimo lugar para fazer compras. Só de imaginar Porto Alegre e seu Centro Histórico, já dá a maior vontade de conhecer. E o melhor é que é tudo pertinho, você pode ir a pé. Se preferir, há passeios gratuitos, que acontecem aos sábados, especialmente para levar os visitantes a esses três núcleos. É o Viva o Centro a Pé, um projeto orientado por especialistas em História e Arquitetura.
A característica de cidade pequena está presente em Porto Alegre também no contato com a natureza. Ao chegar na cidade, você logo vai ouvir falar no famoso 'Brique da Redenção'. Antes que você tente adivinhar o que seria o 'brique', explicamos: O Parque Farroupilha, a mais antiga e a principal área de lazer da capital, é conhecido como 'Redenção' pelos porto-alegrenses. Aos domingos, vira ponto de encontro para os moradores na tradicional feira, uma espécie de Mercado de Pulgas - que é o brique. Coisas para fazer no parque não faltam: você pode andar de pedalinho, levar seu filho ao parque de diversões e ao minizoológico.
Pessoas bonitas estão em todos os cantos de Porto Alegre, mas se você procura o point, vá ao Parque Moinhos de Vento (ou Parcão, para os moradores da cidade). Situado numa das áreas nobres de Porto Alegre, tem lago, minicascata, réplica de um moinho de vento e pista para caminhadas. E ao redor há bares, cinemas, lojas e academias, o que faz do lugar um ponto de encontro dia e noite.
Ligando o centro da cidade à zona sul está o Parque Marinha do Brasil - e quase unido a ele, o Parque Maurício Sirotsky Sobrinho - um complexo turístico junto ao rio Guaíba, perfeito para apreciar o pôr-do-sol. E que tal um passeio de barco pelas águas do Guaíba? O visual é maravilhoso e a viagem, com certeza, inesquecível. As saídas são do Portão Central do Cais do Porto ou do ancoradouro da Usina do Gasômetro.
Ir a Porto Alegre e não experimentar um verdadeiro churrasco gaúcho é como ir a Roma e não ver o Papa. Para você que não mora na região sul, não pense que o churrasco que você está acostumado a comer é o tradicional gaúcho. De acordo com os moradores, a melhor carne é a costela de gado, mas o churrasco pode ser feito até com carne de ovelha.
Já consumida pelos índios tupis-guaranis, a erva mate chegou a ser condenada pelos jesuítas. Hoje é um hábito do gaúcho. Mesmo em Porto Alegre, é comum ver pelas ruas homens com cuias, bombas e garrafas térmicas com águas quentes para degustar a erva-mate sem açúcar - o tradicional chimarrão. Para conhecer um pouco mais dessa cultura, vá ao Mercado Público. Nas bancas você encontra expostos os diversos tipos de erva e os utensílios para prepará-la.